quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A Volta a Portugal e a estupidez de um director!

Adoro ciclismo e a Volta a Portugal é das provas desportivas que sigo com mais paixão e entusiasmo. Este ano tem havido espectáculo, os ciclistas estão emprenhados a fazer grandes etapas, o publico tem estado presente e tem-se portado muito bem, a prova está aberta, com muitos candidatos a poder ganhar, enfim, naquilo que depende dos praticantes e dos aficionados, está tudo exelente!

Mas há um problema, que não está nem nos praticantes, nem nos aficionados, e esse problema chama-se Joaquim Gomes, o director da corrida, e que planiou a volta.

Como ciclista era magnifico, sendo eu tambem um dos seus fãs, mas como director, é horrivel. Certamente tirou do seu dicionário as palavras razoáveis para uma volta, e colocou apenas uma: Amadorismo!

Vamos por partes:

-A volta tem 11 etapas (9 em linha), e cerca de 50% delas acaba em circuito. Ou seja, eles passam pela meta uma vez, mas a prova não termina, tendo que andar mais uns quilómetros e voltar á mesma chegada. Isto uma vez ou duas era engraçado, agora quase sempre é ridiculo. A opinião é dos ciclistas, que por diversas vezes já mostraram desagrado com chegadas em circuito. Mas Joaquim Gomes é que manda...

-Depois é uma constante de paralelo! Não há coisa pior para os ciclistas que pedalar sobre calçado, mas Joaquim Gomes, insiste em todas as etapas (mesmo todas) em colocar este tipo de chão sobre os ciclistas! Nota-se o esforço que fazem para não cair!

-Outra coisa muito má, é a escolha das estradas. Aqui não falo do piso, mas sim do tamanho. É incrivel como com tanta estrada larga, ele escolhe sempre as mais curtas. Já para não dizer, que as chegadas são sempre depois de curvas apertadas e rotundas.

-Outra coisa ridicula são os carros. Tantos estacionados na estrada, a estorvar os ciclistas.
Aqui admito que a culpa não é apenas do Joaquim, mas sim dos policias que seguem a prova.

-Outra coisa estranha é a quantidade de vezes que os ciclistas se enganam. Vejo o Tour á séculos e isso nunca acontece, mas cá, quase todos os dias, há um grupo de ciclistas que se engana e vão parar fora da corrida. Por exemplo hoje, uns enganaram-se na primeira chegada á meta (lá está circuito!), e para voltarem ao caminho certo tiveram de passar debaixo de um placard! Ridiculo!

-Por fim a escolha de todo o percurso da volta. Parece que Portugal só existe entre Felgueiras, Santo Tirso e Gouveia, e que as únicas montanhas que existem são a Torre e a Senhora da Graça! Não que eu tenha alguam coisa contra essas cidades, mas todos os anos a volta vai aos mesmos sitios! Devia haver uma rotatividade de percurso como existe nas outras voltas. Entendo que a subida á Torre é mitica e deve existir todos os anos, mas o restante percurso devia mudar. Algarve, Alentejo, Sintra (que grande etapa se podia fazer na Serra), Porto, Coimbra, Bragança, etc.etc.etc. Variar meu caro, variar!!!


Valha-nos os ciclistas! Porque o director é uma anedota!

5 comentários:

  1. O que vale a Fiorentina?

    http://visaodemercado.blogspot.com/2009/08/o-que-vale-fiorentina.html

    PS: o problema das chegadas sempre nas mesmas terras tem a ver com o que os municipios pagam para a volta lá terminar! Este ano, Portimão, Tavira e Loulé (etapas classicas), não pagaram para ter volta, logo não houve Volta a Portugal no Sul!
    As chegadas têm sido (ao longo dos anos), bastante apertadas, algumas em paralelo e depois de viragens apertadas, o que não beneficia os ciclistas! O final de etapa em circuito é no minimo ridiculo! Em 2006, o Ricardo Mestre e o Tiago Machado seguiam isolados para Fafe, encontrando pelo caminho ciclistas bastante atrasados em relação ao pelotão!!

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  2. CIRCUITO - Os ciclistas não gostam, concordo consigo... mas o circuito é a pensar no público e nos patrocinadores - noblesse oblige
    ...Não há coisa pior para os ciclistas que pedalar sobre calçado... - é verdadeiramente Horrível
    CHEGADAS - ...que as chegadas são sempre depois de curvas apertadas e rotundas... a culpa é dos autarcas... já se ganharam muitas eleições a culpa de rotundas..
    -Outra coisa ridícula são os carros. (isto revela a qualidade das nossa forças de seguranças)
    -Outra coisa estranha é a quantidade de vezes que os ciclistas se enganam. Puro amadorismo
    - o percurso da volta - AQUI não concordo consigo... é que na volta não há receita de bilheteira, nem temos a maquina da 'Grand Boucle' logo o dinheirito da camaras (só a etapa da estrela não depende da 'contribuição da autarquia) e fundamental...
    Em parte, concordo consigo mas o Gomes trabalha com o 'cobertor que tem' e o Lagos depois do flop Benfica, só esta na volta pq o contrato assim o obriga...
    Basicamente é isto: se queremos voltinha em agosto para o povo ver... vamos continuar a ter que lidar com este tipo de problemas...
    Se mudarmos a altura da Volta (entre o giro e o tour) e nos colarmos a eurosport, pode ser que se de o salto

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  3. concordo em absoluto. A volta podia ser muito melhor!

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  4. A questão das tiradas e da sua localização é bastante pertinente. Posso dizer que conheço suficientemente bem o país para afirmar que existem locais tão ou mais interessantes para se fazer e concluir uma etapa.

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  5. Concordo com a maioria dos pontos aqui descritos, mas...a subida à Sra. da Graça deverá ser sempre uma das etapas da Volta. É de uma dureza incrivel e que cria grandes diferenças. Já que não temos montanhas de 3000 m como na Volta-França, aumentem-se o numero de dias para que se corra o Pais todo... a Serra do Caldeira as estradas alentejanas, a serra do Marão etc...

    Cumps

    PS: Começar a volta em Lisboa e ainda por cima com um percurso de 2 km foi do mais ridiculo que se fez este ano

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